Em nome "da Pátria" - Ida à tropa

                                                                   


Acrecento também a minha ida para a tropa para onde me voluntariei, estando isento, ainda por cima para a tropa especial (paraquedistas com mistura de comandos), achei que me podia realizar, mas acabei por sentir que aquilo era era um circo, fizeram de mim “bobo da corte” com extrema violência, vivia tempos de terror, a pressão foi tal que desisti, tratamento hostil constante, palhaçada à mistura..castigos constantes…nem os tais camaradas me chegaram…muitos atritos e constante tortura.Eu era sempre  ou dos últimos na corrida e fizeram-me pagar caro…entre outras situações humilhantes…quanto ao treino propriamente dito acho que não foi capaz de me atrair para soldado, apenas houve uma sessão de tiro para o qual eu não tinha geito.Na semana  especial, também correu tudo mal, aquela que se vai fazer teste de sobrevivência, foi cansativo, tratava-me mal todos, cheguei a pôr me de parte à noite (estava frio)e eu estava  muito cansado, adormeci mas fui acordado de repente, levei um pontapé do sargento.Outras situações difíceis de lidar (castigos) e uma situação de desespero, não se podia perder a arma e fizeram-me de prepósito, e entrei em desespero,de modo que estava condenado levaram-me para um canto, deitaram-me de costas para o chão e puseram me o pé (bota) em cima da cabeça até acabar a sessão.Chorei compolsivamente, e queria me ir embora,  mas não davam informações.Vi certamente coisas chocantes, e inclusive cheguei sentir a ameaça de um cigarro ao pé do olho..Já nem para cantar eu tinha jeito ou vontade...

Una coisa que fui capaz e deram valor foi para o exercício de apresentar arma se não estou em erro assim que se chama.Ah e o comandante (dos comandos, excelente pessoa, dos únicos que me pareceram sérios na função) que me felicitou por ter arremessado uma granada para bem longe...

Fiquei o min. obrigatório(4 meses), não tenho saudades nenhumas e não fiquei com qualquer contacto.Só tenho pena de não ter usado o camuflado.

E claro, com estas situações depois quem quer ir para  a tropa???

                                          


Para quem foi à guerra, uma dedicatória!





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